quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Água - a melhor bebida

O dia em que passei a beber água.

Isto pode não parecer uma grande medida de sustentabilidade - até porque continuo a beber, sobretudo, água engarrafada, mas já lá vamos - mas para mim é.

Eu nasci nos anos 80, quando começaram a proliferar sumos e refrigerantes por todo o lado. Além disso, cresci num café de família, onde passei grande parte da minha infância. Acho que os pais dos anos 80 não estavam bem conscientes da má alimentação, ou será que até estavam mais que os pais actuais? Penso que se por um lado, a nossa alimentação era melhor que a das crianças actuais, por outro lado no que toca às guloseimas e refrigerantes não tinham tanta noção do mal que faziam e fazem.

Por exemplo, a minha mãe sempre me comprou imensa fruta (adoro fruta), fazia-me saladas, dava-me sopa, variava muito entre peixe e carne (bem como nos seus tipos), quando era bebé, todas as papinhas eram caseiras, sempre me tentou dar a melhor alimentação possível. Mas acho que ela não tinha bem noção da quantidade de açucares e outras porcarias que têm os sumos e refrigerantes ou por exemplo, que os cereais para crianças cheios de chocolate, não são os cereais que realmente fazem bem.





Imagem retirada de http://diariosdeumamaetentante.blogspot.pt/2014/03/voce-toma-refrigerante-quer-engravidar.html

Assim, eu sempre tive a possibilidade de beber refrigerantes e outros sumos durante as refeições. E bem, eu nunca fui daquelas pessoas que bebiam refrigerantes ao lanche ou fora das refeições. No fundo, preferia sempre o meu leitinho ou chá nessas alturas. Lembro-me de no Verão, a minha mãe, às vezes fazer sumos ou refrescos naturais, mas fora essas épocas lá estavam na minha mesa as embalagens de compra. Sinceramente, acho que já nem era gosto, era hábito.

Com a idade fui começando a perceber melhor os problemas dos refrigerantes, os açucares em exagero, as substâncias artificiais, os valores nutricionais inexistentes, etc. Então aos poucos fui bebendo cada vez menos refrigerantes e mais néctares. Os quais embora também tenham bastante açucar, sempre são um bocadinho menos maus.



Quando decidi engravidar e devido a um pequeno problema de ovulação, o médico aconselhou-me a perder cerca de 5kg e a não exagerar nos doces. Mas como eu adoro doces, ai ai, o que decidi cortar mesmo foram os sumos e refrigerantes, em geral. Deixar praticamente de comprar para ter em casa, embora tenha sempre algum para um dia que me apeteça muito ou que haja alguma visita. Entretanto para completar, o meu pai também teve um problema cardíaco e tem de fazer uma dieta algo rigorosa, assim os refrigerantes e sumos ficaram banidos da mesa.

Comecei então a descobrir o prazer de beber água, de tal forma, que por vezes mesmo tendo sumos à minha disposição já não os bebo, nem quando vou à casa de alguém, nem quando almoço ou janto fora. A maior parte das vezes já só me apetece água. Eventualmente, se me apetecer algum sumo ou refrigerante também bebo, mas passou de um hábito a uma coisa rara.

Ganha a minha saúde e o ambiente, afinal o meu consumo de embalagens reduziu bastante. No entanto, continuo a consumir água engarrafada e tenho plena consciência que a água da torneira é de boa qualidade. Mas não gosto do sabor da água da minha casa, sabe demasiado a lixívia, o que segundo o meu namorado é mesmo o que a torna óptima. Há muita gente que quando me conhece acha um disparate, mas depois de provar a água da minha casa dá-me razão, não é só da minha casa em específico, é ali de uma certa área em geral. O que não significa que não beba um copo de água da torneira de casa, bebo, mas para acompanhar as refeições, não. Mas há regiões em Portugal, onde o sabor da água da torneira é óptimo.

Para minimizar as questões das embalagens de água que gasto, decidi comprar os garrafões maiores que existem. Já há garrafões de 7litros e claro, só uso água engarrafada para beber, não ando a aquecer água engarrafada para fazer chá. Assim, um simples garrafão enche o jarro de água que está no frigorífico e as garrafas reutilizáveis que trago na mala, e não é necessário comprar uma infinidade de embalagens de água.

Quando me apetece muito, mas mesmo muito beber uma coisa docinha, tenho quase sempre em casa um garrafa de groselha. Quero dizer concentrado de groselha Albergaria, não é que não tenha açúcar, mas é diluído na água, podendo ser mais ou menos concentrado consoante o nosso gosto. Um litro de concentrado dá para imenso tempo, logo é mais sustentável. Além disso a embalagem é de vidro, podendo ser reutilizada.

Assim, melhorei as minhas escolhas pessoais relativas à minha saúde e melhorei no que se refere à menor utilização de embalagens. Acho que é um saldo positivo.

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