O facto de não termos comprado mais nada deve-se a diversos motivos:
- Achamos um exagero a quantidade de brinquedos que as crianças têm actualmente;
- Há coisas muito mais necessárias onde gastar dinheiro nestes primeiros tempos.
Mas há uma pessoa, mais espeficamente a minha sobrinha que tem oito anos, que considera que é essencial que o futuro primo ou prima tenha muito com o que brincar. Então anda decidida a desfazer-se de alguns dos seus bonecos para o futuro bebé. E é isso que vai fazendo, já trouxe uns quantos peluches. O que é óptimo, porque estamos a dar uma nova vida aquele peluche, a fazer mais uma criança feliz e porque assim eu não vou ter de comprar peluches. Sim, simplesmente quero comprar estes brinquedos, tanto eu como o meu namorado adoramos estes brinquedos de madeira, sobretudo o ábaco, a pirâmide de anéis e o jogo do labirinto. Acho que se fossemos apenas nós a escolher brinquedos, sem a futura opinião do bebé, quando a tiver, ele brincaria a vida toda só com isto.
Mas a minha sobrinha já me trouxe uns quantos peluches, entre os quais está uma boneca super fofa, coisa que a minha irmã perguntou-me se eu tinha problemas se fosse menino de ter uma boneca, ao que lhe disse logo que claro que não. Entre os diversos bonequitos estava este.
Imagem própria |
O caozinho minúsculo, mas que me fez sorrir de alegria. É que este caozinho era meu, nem sei bem como foi parar à minha sobrinha porque tenho ideia de ter dado os meus bonecos muito antes dela nascer. Mas a verdade é que era meu, lembro-me perfeitamente e a minha irmã confirmou, fazia parte de um conjunto que era uma cadela e cinco cães (acho que o resto dos bonecos já de perderam por qualquer lado). A cadela tinha uma abertura na barriga e eu fazia-lhe o parto dos cães. Nunca mais tinha visto estes bonecos, por isso quando o vi foi uma grande alegria. Se nunca tivesse dado aqueles peluches talvez se agora os fosse buscar, mas a alegria não seria tão grande, mas rever um peluche com uns vinte anos que já alegrou outras crianças voltar para mim fez-me mesmo feliz.
Faz-me pensar que um boneco pode ser usado durante anos e fazer felizes muitas crianças. Não é preciso inundar as crianças de brinquedos novos. Desde que eles vão passando de umas pessoas para outras pessoas.
Entre os bonecos, a minha sobrinha também me trouxe esta galinha feita pela minha irmã. Mas como a minha irmã nunca a terminou, a minha sobrinha decidiu fazer os acabamentos finais.
Como lavei os peluches e os acabamentos eram em papel tive de fazer uma nova cara à galinha. Utilizei feltro, mas só tinha verde, azul e cinzento e não quis ir comprar mais, por isso ficou com um bico e uma crista cinzenta. Paciência, talvez seja alguma doença de galináceo. Sei que está um bocado estranha a galinha, mas pronto, é a imaginação e às vezes a falta de jeito. Uma galinha à moda cá de casa.
Imagem própria
Imagem própria |
E assim, a reutilizar os brinquedos e a regenerar alguns, espero que eles contribuam para a felicidade do meu bebé. Para finalizar e para provar como as coisas podem mesmo ser usadas por uma infinidade de pessoas, a minha sobrinha também se decidiu a trazer-me diversas fraldinhas de limpar bebés que eram dela, algumas estão bem velhinhas, mas acredito que dêem jeito. Entre as fraldas que eram dela, estava esta bordada a dizer Pedro. Não faço ideia quem seja o Pedro, mas significa que além da minha sobrinha já serviu a algum Pedro. O meu bebé se for rapaz não se chamará Pedro, mas acho que não leva a mal que eu use a fralda com nome trocado.
Imagem própria
Outra coisa que vou aproveitar que era minha para o quarto do bebé é o meu globo candeeiro. Andava como um problema geográfico que era se o globo ainda tinha a Jugoslávia, mas já confirmei e já não havia Jugoslávia na altura. Mas não tem o Sudão do Sul... hmm mais tarde terei de lhe explicar que as fronteiras se vão alterando.
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