segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O lixo humano: Portugal-Angola

No outro dia um amigo dizia-me: "em Angola as pessoas vivem bem, eu sei porque fiz muitos trabalhos para Angola, há trabalho e ganham bem, por isso é que votam nos mesmos"

Respondi "Vivem bem? Sabes a quantidade de pessoas que vivem em situações miseráveis? Sem comida, sem nada?"

Resposta: "Ah mas esses não se importam com a política, não contam"

Hein? Não contam?
Há humanos de primeira e de segunda é?
Como se pode dizer que num país com uma democracia a fingir se vive bem? Onde para uns viverem bem outros são miseráveis? Mas será que as pessoas têm a noção da realidade? São conscientes? Ou são simplesmente más e centradas em si próprias?

Numa democracia, os cidadãos até podem não querer saber de política, embora devessem. Mas o Estado tem responsabilidade de querer saber de todos os cidadãos. Sim que eu nem vou contar o argumento seguinte que até tenho vergonha de o escrever.

Até porque por esta ordem de ideias, em Portugal também não há problemas, afinal se calhar quem interessa ao sistema até vive bastante bem.

Mas voltando ao caso angolano, deixo aqui esta crónica, sobre a tal democracia onde as pessoas (as que interessam, as que contam) vivem bem, Luaty e a vergonha Angola-Portugal de Alexandra Lucas Coelho. A vergonha da democracia angolana e da democracia portuguesa, desde da posição do governo à posição do PCP, sim aquele partido que lutou durante anos contra uma ditadura, mas que é amiguinho do MPLA.

E para não falar apenas da liberdade de expressão e da censura como se não fossem, por si, coisas demasiado importantes. Como é que pessoas conscientes podem dizer que em Angola se vive bem, quando tem uma taxa de mortalidade infantil de 167 permilagem? Ah esperem, os que morrem devem ser aqueles que não interessam...

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