sábado, 3 de outubro de 2015

Sprawl


Como amanhã é dia de eleições e hoje estamos, ou devíamos estar em dia de reflexão, não vou partilhar nada muito concreto, muito desenvolvido. Quero apenas partilhar uma música dos Arcade Fire, do álbum The Suburbs. Um excelente albúm para quem, como eu, estudou Geografia, com foco na área do Urbanismo e se interessa constantemente pelas questões ambientais, a conservação de recursos e uma vida mais ligada à natureza e à essência humana.


"Sometimes I wonder if the world's so small
That we can never get away from the sprawl
Living in the sprawl
Dead shopping malls rise
Like mountains beyond mountains
And there's no end in sight
I need the darkness, someone please cut the lights"

Não tenho muito jeito para traduções, mas é mais ou menos isto:
"Às vezes pergunto-me se o mundo é tão pequeno
Que nunca conseguimos fugir da expansão urbana*
Vivendo na expansão urbana*
Centros comerciais mortos que se levantam
Como montanhas atrás de montanhas
E não há fim à vista
Eu preciso de escuridão, alguém por favor apague a luz"

*o termo sprawl não pode ser traduzido simplesmente como expansão urbana, todavia não conheço outra palavra em português. Sprawl significa uma expansão urbana em mancha de óleo, onde subúrbios crescem atrás de subúrbios. Basicamente uma expansão urbana descontrolada e com espaços livres.

O que pergunto é:

É este mundo do crescimento urbano descontrolado que queremos?

É necessário estar sempre a crescer?

Será que podemos continuar a ter este modelo de desenvolvimento? Se já se concluiu que não, porque continuamos?

Podemos ser mais naturais, quer na cidade quer no campo. Voltar a uma vida simples, ao silêncio e à escuridão, isto não é libertador da alma?

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