segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Compota de tamarilho

hmmm deliciosa...

Já noutras postagens gabei a compota de tamarilho que adoro. Para a maior parte dos portugueses o tamarilho é um fruto desconhecido, mas eu tenho cá uma árvore em casa. A qual por volta do fim de Outubro, início de Novembro costuma dar os seus belos frutos.

O tamarilho ou tomate-maracujá (parece um tomate, mas tem um sabor idêntico ao maracujá) como é chamado nos Açores parece que é o fruto de uma árvore nativa dos Andes, na América do Sul. Como chegou cá ao quintal é que eu não sei bem, mas sei que temos cá a árvore desde o tempo do meu avô. Em princípio alguém terá comprado alguns tamarilhos no supermercado e decidiu semear aqui no quintal.

Mas eu nunca gostei muito de tamarilhos, mas uma vez trouxeram-me uma compota de tomate-maracujá dos Açores (único sítio em Portugal, onde eu encontrei a vender estar compota) e adorei, tanto, mas tanto, que todos os anos faço.

E todos os anos a produção de tamarilhos tem aumentado, bem para o ano se calhar vai diminuir porque o mau tempo arrancou uma pernada da árvore.
Os tamarilhos deste ano
Imagem própria

Antes de fazer a compota é necessário descascar os tamarilhos e retirar grande parte das sementes, podem retirar todas, mas eu não tenho grande paciência, então tiro só a maioria.

O aspecto dos tamarilhos descascado e arranjados

Depois de arranjados devemos pesá-los para ver a quantidade necessária de açúcar, cerca de 80% do peso da fruta. Neste caso, tinha cerca de 2,9kg de tamarilhos, o que significava cerca de 2,3kg de açúcar. Mas só tinha 2 pacotes de açúcar, ou seja 2 kg, então juntei ainda umas 50g de açúcar mascavado que tinha cá em casa e uns 5 pacotinhos de açúcar que também encontrei por cá. Como não tinha mais açúcar ficou assim. Mas não faz mal, a compota conserva na mesma.

Depois é levar ao lume a fruta, o açúcar e dois paus de canela. Ir mexendo, de vez em quando e esperar que se faça. Como queria fazer compota, ou seja deixar pedaços inteiros, não passei com a varinha mágica, mas fui desfazendo a fruta em pedaços mais pequenos com um instrumento daqueles de fazer puré.

Quando a compota já fazia ponto estrada, apaguei o lume e guardei a compota em frascos esterilizados (já expliquei noutras postagens como esterilizo os frascos). Mas não esterilizei frascos suficientes e então decidi guardar o resto numa taça, o que significa que vai ter de ser consumido mais proximamente (que chatice).

Resultado final: sete frascos e uma taça de compota de tamarilho
Imagem própria

As vantagens do saber-fazer que falei em outra publicação e a sua mais valia ambiental. Do quintal para casa sem grandes gastos de energia e a reutilizar frascos. Neste caso como nem sequer é um doce que encontre a vender por cá, ainda me sabe melhor porque se eu não fizer onde o vou comprar? Bem talvez em alguma loja açoriana, há algumas em Lisboa.

E já que estou a falar em tamarilhos, o ano passado também fiz licor, não para mim que eu não bebo bebidas alcoólicas, mas quis fazer para experimentar. O que eu fiz na altura foi descascar os tamarilhos e deixei-os num frasco grande, assim meio apertados, enchi depois o frasco com aguardente (neste caso era caseira do meu sogro). Deixei estar dentro do frasco umas 3 semanas a macerar. Depois abri e coei o conteúdo do frasco, ao qual juntei uma calda de açúcar e água (mas já não sei as quantidades). Coloquei depois em duas garrafas que tinha cá em casa (reutilizadas claro).

Licor de Tamarilho
Imagem própria



A garrafa mais fininha (que foi comprada primeiramente com licor de poejo) acabou há poucos dias e eu adoro esta garrafa, tenho-a ali guardada para voltar a reutilizar, mas não sei como. Alguma ideia?

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