terça-feira, 2 de maio de 2017

Abril 2017: pequenas mudanças e um desafio

Andei a adiar esta publicação para que fosse feita no fim de Abril e acabei por só a conseguir publicar em Maio. No entanto, agora que penso melhor, talvez faça mesmo mais sentido falar de Abril quando o mês já findou. Vou falar assim, sobre as minhas alterações de Abril.

Não foram grandes mudanças
, mas aos poucos foram algumas:


  • Deixar de passar a ferro: esta mudança já está a ser implementada desde Março, mas em Abril é que foi realmente consolidada. Devo confessar que é sobretudo uma medida para me dar sanidade mental. Eu odeio passar a ferro, mas foi acostumada a passar tudo a ferro (excepto meias e cuecas), algumas coisas já não passava como lençóis e toalhas, mas continuava a passar toda a roupa pessoal. Contudo, a questão é que tinha sempre uma pilha enorme de roupa para passar. Acabou-se. Isto era mais a ideia de "deve-se passar a ferro" que me foi enraizada desde a infância do que realmente achar que há sempre essa necessidade. Claro que peças como camisas ou alguma coisa mais amarrotada irei passar na mesma.

    A nível ambiental há a vantagem de gastar muito menos eletricidade. Mas não é a única vantagem
    , ao ter a roupa mais arrumada e orientada, percebo muito melhor a roupa que existe e não existe, o que é óptimo sobretudo com a roupa do bebé que está sempre a deixar de ser usada.

  • Café de cafeteira: em Fevereiro o meu marido foi à Costa Rica e trouxe café. Lá não bebem café expresso como cá, mas sim o tradicional café de cafeteira. O café é óptimo e é uma alternativa excelente para beber em casa quando não me apetece ir beber um café ao café. Assim já não tenho qualquer desculpa para usar alguma cápsula. Mas claro, para ser ecológico não podia ir comprar uma cafeteira eléctrica, mas por sorte a minha sogra tinha lá uma encostada a um canto que agora tem sido usada cá em casa.

  • Iogurtes: no mês de Março referi que um dos principais produtos que contribuíam para o meu lixo eram os iogurtes. Por isso mesmo, em Abril decidi fazer pela primeira vez iogurtes, fiz iogurtes líquidos e acho que correram mais ou menos. Mas não estavam no ponto ideal, mas bebi-os. Para ver se consigo fazer iogurtes com mais qualidade decidi pedir uma iogurteira emprestada, mas ainda não voltei a experimentar. No entanto, tenho noção que vai ser algo que não vou fazer sempre. Mas qualquer iogurte caseiro é uma poupança de recurso, é nisso que tenho de pensar. Em Maio espero contar-vos se tenho feito muitos ou poucos iogurtes.
    Imagem própria
  • Desodorizante caseiro e redução do uso de champô: tal como referi na última publicação comecei a fazer o meu próprio desodorizante e ando a tentar reduzir o uso de champô, acho que tenho sido bastante bem sucedida neste aspecto.

  • Cotonetes: eu sei que isto não é de todo um produto essencial, eu uso muito esporadicamente, no entanto tenho alguém em casa que usa bastante e não o consigo convencer a deixar de usar. Há algum tempo que andava à procura de cotonetes com pauzinho de papel, uma vez que os pauzinhos de plástico dos cotonetes comuns não são recicláveis e são dos resíduos que mais aparecem no ambiente devido a serem incorrectamente descartados (no ambiente em geral e nas ruas de Lisboa em particular, é incrível a quantidade de cotonetes que eu vejo na rua, incrível e nojento). Todavia, nunca tinha encontrado à venda, mas como os vi à venda no site do Celeiro, decidi encomendar numa das suas lojas, demoraram a chegar, mas chegaram. Acredito que se a procura for maior, torna-se cada vez mais fácil encontrar este tipo de produtos.

    Claro que o ideal seria não descartar estes cotonetes no lixo comum
    , penso que possam ser postos na compostagem, uma vez que o algodão é biológico e o pauzinho é de papel. No entanto, temos posto no lixo comum, uma vez que não tenho um pequeno contentor de compostagem, mas um grande monte de estrume um pouco distante de casa. Tenho de agilizar isto para reduzir o número de cotonetes e de guardanapos de papel (não meus!!!!) que pomos no lixo comum.
    Imagem retirada de https://www.celeiro.pt/produtos/100830-cotonetes-bio-200-gramas-kg-douce-nature


  • Remendar e arranjar: este tem sido uma consequência directa de ter deixado de passar a ferro e de estar muito mais organizada com a roupa. Como tenho tudo mais controlado, tenho tempo para olhar e remendar e arranjar pequenas coisas. Não que seja uma perita, bem pelo contrário, mas olho o problema e tento solucionar ou pago para me fazerem o arranjo. Cozer pequenos buraquinhos da roupa do Luís, cozer um botão ou pôr um elástico numas calças é recuperar peças de roupa e poupar, o ambiente e a carteira. Finalmente dei uso a um ovo de pedra que tinha cá em casa há anos.
    Imagem própria
    Em roupa em estado muito deteriorado, é sempre possível cortar aos bocados e ainda dão para limpar algo durante algum tempo. Quando até para panos estiverem velhos, é a altura ideal para pôr no saco dos trapos para reciclagem.

    Um antigo toalhão de banho ainda deu para uns oito panos de limpeza
    Imagem própria

  • Recusa de sacos, mais um passo: a minha recusa constante de sacos já começou há bastante tempo (como se pode verificar aqui) e tem vindo a aprofundar-se. Mas em Abril ultrapassei um constrangimento pessoal, quando me distraia e não tinha tempo de recusar saco, acabava por o trazer. Mas recentemente consegui superar este constrangimento e se me distraio tiro o produto do saco e digo ao lojista que não preciso e que pode reutilizar para outro cliente, já aconteceu duas ou três vezes. Isto às vezes custa é começar, depois é sempre a melhorar.

    Um dia da semana passada fiz uma contagem por alto e recusei cerca de dez sacos num dia. É imenso.

  • Remodelações em casa: sobre este assunto quero fazer uma publicação especial, mas tal como tinha referido na publicação de Março, tenho estado em processo de destralhe. Este processo também passou por uma alteração de mobiliário e pelo reutilizar e transformar alguns móveis. Mas disso falarei mais tarde, acho que merece uma publicação única.
      
E penso que consegui falar de todas as minhas pequenas mudanças ou pelo menos referir o que me parece mais importante, vamos ver o que Maio me reserva. Já agora, neste primeiro de Maio fomos até à praia e estava cheia, mas completamente cheia de lixo. Mesmo perto de mim quando olhei estavam imensas garrafas, decidi apanhar, mas não consegui apanhar tudo. Mas nuns segundos apanhei cinco garrafas de vidro, uma garrafa de plástico e vários copos de plástico. Não consegui apanhar mais porque não conseguia trazer mais. O resto lá ficou à espera que a maré subisse e levasse o lixo consigo. Eu já costumo apanhar lixo do chão, mas decidi fazer um desafio a mim própria, contar as garrafas de vidro que vou apanhar da via e lugares públicos durante o mês de Maio. Vamos ver quantas (podia contar outro tipo de resíduo qualquer, mas desta vez serão as garrafas de vidro, para pensarmos se houvesse tara recuperável quantas destas garrafas não chegariam às ruas, praias ou parques).


E deixo-vos também um desa
fio, nesta época balnear em cada ida à praia, deixem a praia mais limpa do que a encontraram.

Só mais um aparte
, em Abril fui a Viseu e fiquei deslumbrada com a limpeza da cidade, espectacular.

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